quarta-feira, 6 de julho de 2011

EMMANUEL FALA SÔBRE RAMATIS.

Emmanuel fala sobre Ramatís.

A mensagem abaixo reproduzida contém a íntegra de uma
entevista realizada com o médium Francisco Cândido Xavier e seu
Instrutor Espiritual chamado Emmanuel, recentemente publicada
pela "Revista Espírita Allan Kardec", em sua edição de nº 43 (Veja-se
o seguinte link para a revista:
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"Logo que apareceram as primeiras publicações da "Conexão de
Profecias*", de Ramatis, fomos a Pedro Leopoldo, a fim de ouvir a
palavra autorizada de Emmanuel, através daquele aparelho
maravilhoso que é Francisco Cândido Xavier. Isto, porque o que era
dito pelo espirito de Ramatís, parecia-nos perfeitamente lógico. Mas,
como constituía novidade, não queríamos aceitar de pronto algo que
não passasse pelo crivo de várias manifestações mediúnicas, através
de diversos aparelhos.
*Obs. Hoje com o título: "Mensagens do Astral" “Mensajes del Astral”.
Desta forma, munidos do aparelho de gravação em fita, fomos
atendidos gentilmente pelo médium, que respondeu às perguntas
que fazíamos, repetindo as palavras da resposta, que eram ditadas
por Emmanuel. A gravação foi feita no dia 5 de janeiro de 1954.
Conservamos até hoje o rolo gravado em nosso poder.
Passamos a estampar as perguntas e respectivas respostas.


Pergunta: - Poderíamos ter alguns informes a respeito de
Antúlio?
Chico Xavier: - Vejo, aqui, nosso diretor espiritual, Emmanuel,
que nos diz que um estudo acerca da personalidade de Antúlio
exigiria minudências relacionadas com a história, no espaço e no
tempo, que, de imediato, não podemos realizar. De modo que, tão
somente, pode afiançar-nos que se trata de uma entidade de elevada
hierarquia, no plano espiritual; vamos dizer; um ASSESSOR, ou um
daqueles ASSESSORES, que servem nos trabalhos de execução do
plano divino, confiado ao Nosso Senhor JESUS CRISTO, para a
realização do progresso da Terra, em geral.
Esclarece nosso amigo que JESUS CRISTO, como GOVERNADOR
de nosso mundo, no sistema solar, conta, naturalmente, com grandes
instrutores, para a evolução física e para a evolução espiritual, na organização planetária. E, subordinados a esses ministros, para o
progresso da matéria e do espirito, no plano que nós habitamos
presentemente, conta Ele com uma assembléia de múltiplos
INSTRUTORES, de variadas condições, que lhe obedecem as ordens e
instruções, numa esfera, cuja elevação, de momento, escapa à nossa
possibilidade de apreciação. Antúlio forma no quadro destes
elevados servidores.

Pergunta: - Que pode o irmão dizer-nos a respeito do astro que
se avizinha, segundo a predição de Ramatís?
Chico Xavier: - Esclarece nosso orientador espiritual que o
assunto alusivo à aproximação de um Planeta ou de Planetas, da
zona - ou melhor da aura da Terra - deve, naturalmente, basear-se
em estudos científicos, que possam saciar a curiosidade construtiva
das novas gerações renascentes no mundo.
O problema, desse modo, envolve acurados exames, com a
colaboração da ciência e da observação de nossos dias. Razão por
que pede ele que não nos detenhamos na expressão física dos
acontecimentos que se vizinham, para marcar maiores
acontecimentos - acontecimentos esses de natureza espetacular - na
transformação do plano em que estamos estagiando, no presente
século.
Afirma nosso amigo que o progresso da óptica e das ciências
matemáticas, serão portadoras, naturalmente, de ilações, conclusões
da mais alta importância para os nossos destinos, no futuro próximo.

Pergunta: - Pode Emmanuel dizer-nos algo a respeito da
verticalização do eixo da Terra e das transformações que esta
sofrerá, segundo Ramatís?
Chico Xavier: - Afirma nosso Orientador espiritual que não
podemos esquecer que a Terra, em sua constituição física,
propriamente considerada, possui os seus grandes períodos de
atividade e de repouso.
Cada período de atividade e cada período de repouso da MATÉRIA
PLANETÁRIA, que hoje representa o alicerce de nossa morada
temporária, pode ser calculado, cada um, em duzentos e sessenta mil
(260.000) anos. Atravessando o período de repouso da matéria
terrestre, a vida se reorganiza, enxameando de novo, nos vários
departamentos do Planeta, representando, assim, novos caminhos
para a evolução das almas. Assim sendo, os GRANDES INSTRUTORES da Humanidade, nos
PLANOS SUPERIORES, consideram que, desses 260.000 anos de
atividade, 60 a 64 mil anos são empregados na reorganização dos
pródomos da vida organizada.
Logo em seguida, surge o desenvolvimento das grandes raças
que, como grandes quadros, enfeixam assuntos e serviços, que
dizem respeito à evolução do espírito domiciliado na Terra.
Assim, depois desses 60 a 64 mil anos de reorganização de nossa
Casa Planetária, temos sempre grandes transformações, de 28 em 28
mil anos.
Depois do período dos 64 mil anos, tivemos duas raças na Terra,
cujos traços se perderam, por causa de seu primitivismo.
Logo em seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana,
como portadora de urna inteligência algo mais avançada, detentora
de valores mais altos, nos domínios do espírito.
Após a raça Lemuriana - em seguida aos 28.000 anos de trabalho
lemuriano propriamente considerado - chegamos ao grande período
da raça Atlântida, era outros 28.000 anos de grandes trabalhos, no
qual a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável.
Achamo-nos, agora, nos últimos períodos da grande raça Ariana.
Podemos considerar essas raças, como grandes ciclos de
serviços, em que somos chamados de mil modos diferentes, em cada
ano de nossa permanência na crosta do planeta, ou fora dela, ao
aperfeiçoamento espiritual, que é o objetivo de nossas lutas, de
nossos problemas, de nossas grandes questões, na esfera de
relações, uns para com os outros.
Assim considerando, será mais significativo e mais acertado,
para nós, venhamos a estudar a transformação atual da Terra sob
um ponto de vida moral, para que o serviço espiritual, confiado às
nossas mãos e aos nossos esforços, não se perca em considerações,
que podem sofrer grandes alterações, grandes desvios; porque o
serviço interpretativo da filosofia e da ciência está invariavelmente
subordinado ao Pensamento Divino, cuja grandeza não podemos
perscrutar.
Cabe-nos, então, sentir, e, mais ainda, reconhecer, que os
fenômenos da vida moderna e as modificações que nosso "habitat"
terreal vem apresentando nos indicam a vizinhança de atividades
renovadoras, de considerável extensão. Daí esse afluxo de revelações da vida extra-terrestre, incluindo
sobre as cogitações dos homens; esses apelos reiterados, do mundo
dos espíritos; essa manifestação ostensiva, daqueles que,
supostamente mortos na Terra, são vivos na eternidade,
companheiros dos homens em outras faixas vibratórias do campo em
que a humanidade evolui.
Toda essa eclosão de notícias, de mensagens, de avisos da vida
espiritual, devem significar, para o homem, domiciliado na Terra do
presente século, a urgência do aproveitamento das lições de JESUS.
Elas deverão ser apreciadas em si mesmas, e examinadas igualmente
no exemplo e no ensinamento de todos aqueles que, em variados
setores culturais, políticos e filosóficos, do globo - lhe traduzem a
vontade divina, que na essência é sempre a nossa jornada para o
Supremo Bem.
*Os termos da comunicação obtida em Curitiba (a "Conexão de
Profecias", de Ramatís) são de admirável conteúdo para a nossa
inteligência, de vez que, realmente, todos os fatos alusivos à
evolução da Terra, e referentes a todos os eventos, que se
relacionam com a nossa peregrinação para a vida mais alta, estão
naturalmente planificados, por aqueles MINISTROS de Nosso Senhor
JESUS CRISTO; os quais, de acordo com Ele, estabelecem programas
de ação para a COLETIVIDADE PLANETÁRIA, de modo a facilitar-lhe
os vôos para a divina ascensão.
Embora, porém, esta mensagem, por isso mesmo, seja digna de
nosso melhor apreço, contudo, na experiência de companheiro mais
velho, recomenda-nos nosso Orientador Espiritual (Emmanuel) um
interesse mais efetivo, para a fixação de valores morais em nossa
personalidade terrena, de conformidade com os padrões
estabelecidos no Evangelho de nosso Divino Mestre. Porque, para
nossa inteligência, os fenômenos renovadores da existência que nos
cercam têm qualquer coisa de sensacional, de surpreendente, nosso
coração de inclinar-se, humilde, diante da Majestade do Senhor, que
nos concede tantas oportunidades de trabalho, em nós mesmos, a
revelação dos grandes acontecimentos porvindouros; novo
soerguimento íntimo, novo modo de ser, a fim de que estejamos
realmente habilitados a enfrentar valorosamente as lutas que se
avizinham de nós, e preparados para desfrutar a Nova Era que, qual
bonança depois da tempestade, facilitará nossos círculos evolutivos.
Será, todavia, muito importante encarecer, que não devemos
reclamar, do TERCEIRO MILÊNIO, uma transformação absolutamente
radical, nos processos que caracterizam, por enquanto, a nossa vida
terrestre. O prazo de 47 anos é diminuto, para sanar os desequilíbrios
morais, de tantos séculos, em que o nosso campo coletivo e
individual adquiriu tantos débitos, diante da sabedoria e diante do
amor, que incessantemente apelam para nossa alma, no sentido de
nos levantarmos, para uma clima mais aprimorado da existência.
Não podemos esquecer, que grandes imensidades territoriais, na
América, na África e na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho.
Não podemos olvidar, também, que a Europa, superalfabetizada, se
encontra num Karma de débitos clamorosos, à frente da LEI, em
doloroso expectação, para o reajuste moral, que Ihe é necessário.
Aqui mesmo, no Brasil, numa nação com capacidade de asilar
novecentos (900) milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns
anos de evolução, mal estamos - os espíritos, encarnados na Terra
em que temos a bênção de aprender ou recapitular a lição do
Evangelho - mal estamos passando das faixas litorâneas.
Serviços imensos esperam por nossas almas no futuro próximo.
E, se é verdade que devemos aguardar, em nome de Nosso
Senhor JESUS CRISTO, condições mais favoráveis para a
estabilização da saúde humana, para o acesso mais fácil às fontes da
ciência; se nos compete a obrigação de esperar o melhor para o dia
de amanhã cabe-nos, igualmente, o dever de não olvidar que, junto
desses direitos, responsabilidades constringentes contam conosco,
para que o Mundo possa, efetivamente, atender ao programa Divino,
através, não somente da superestrutura do pensamento científico -
que é hoje um teto brilhante para os serviços de inteligência do
mundo - mas também, através de nossos corações, chamados a
plasmar uma vida, que seja realmente digna de ser vivida por
aqueles que nos sucederão nos tempos duros; entre os quais,
naturalmente, milhões de nós os reencarnados de agora,
formaremos, de novo, como trabalhadores que voltam para o
prosseguimento da tarefa de auto acrisolamento, para a ascensão
sublime, que o Senhor nos reserva.
Considerando, assim, a questão sob este prisma, cabe-nos contar
com o concurso da ciência, no setor das observações de ordem
material; com a evolução dos instrumentos de óptica; com o avanço
dos processos de exame, na esfera da QUÍMICA PLANETÁRIA, na
qual os mundos podem ser analisados, como ÁTOMOS DA AMPLIDÃO
DE UNIVERSOS, que se sucedem uns aos outros, no infinito da Vida.
Será lícito, então, esperar que certas afirmativas, referentes a
vida material, se positivem satisfatoriamente, para mais altas concepções da MENTE PLANETÁRIA; de vez que, muito breve, o
homem estará ligado à glória da RELIGIÃO CÓSMICA, da Religião do
Amor e da Sabedoria, que o CRISTIANISMO RENASCENTE, no
Espiritismo de hoje, edificará para a Humanidade, ajustando-a ao
concerto de bênçãos, que o grande porvir nos reserva.
Pergunta: - Foi, de fato, há 37.000 anos que submergiu a
Atlântida?
Chico Xavier: - Diz nosso Amigo (Emmanuel) que o cálculo é,
aproximadamente, certo, considerando-se que as últimas ilhas, que
guardavam os remanescentes da civilização atlântida, submergiram,
mais ou menos, 9 a 10 mil anos, antes da Grécia de Sócrates.
Pergunta: * - Acha nosso irmão que a Mensagem de Ramatís
deva ser divulgada com amplitude?
Chico Xavier: - Diz nosso Orientador que a Mensagem é de
elevado teor... E todo trabalho organizado com o respeito, com o
carinho e com a dignidade, dentro dos quais essa Mensagem se
apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de vez que
todos nós, em todos os setores, somos estudiosos, que devemos
permutar as nossas experiências e as nossas conclusões para a
assimilação do progresso, com mais facilidade em favor de nós
mesmos.
Revista Boa Vontade, Ano 1, n0 4 - Outubro de 1956."

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